sábado, 21 de fevereiro de 2009

Prova de ingresso - situação das negociações

O ME chegou à mesa das negociações insistindo com a sua prova de ingresso e dizendo não ser possível fingir que não há problemas com a formação inicial de professores…

Para o ME, as “actuais circunstâncias” – entenda-se: a desconfiança no trabalho das instituições de ensino superior – obrigá-lo-iam a obstinar-se na sujeição de milhares de jovens a uma espécie de praxe que, perante as dificuldades de concretização, vai tendo geometria variável. Já não é vital a demonstração de competências no domínio da língua portuguesa que tanta demagogia suscitou entre os defensores do governo. Até a comprovação de conhecimentos na área do grupo de recrutamento já pode ser dispensada. Afinal, as duas ou três componentes da prova podem dar lugar a uma coisa… tipo exame de código.

O ME admite ainda a fragilidade das regras que definiu para a dispensa da realização da prova, mas condiciona a alteração das mesmas à aceitação de um acordo por parte dos sindicatos…. CHANTAGEM.

Por: João Louceiro, in: Jornal da Fenprof de Fevereiro


Questões como: prova de ingresso, contratação de escola, AECs, ensino especial, concursos, ECD, eventual assunção de competências no recrutamento de professores por parte das autarquias, entre outros, poderiam justificar uma eventual reunião a nível nacional destinada a professores contratados e a finalistas dos cursos superiores de educação.
Por: www.professoresasfixiados.blogspot.com

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Futuros professores criticam prova de ingresso e avaliação

A principal preocupação dos aspirantes a professores é conseguir um lugar no sistema de ensino.
Os candidatos olham o futuro com apreensão e criticam o estatuto da carreira.

In: http://rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=386719&tema=27/&pagina=&palavra=&ver=1

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Número de professores desempregados caiu quase 60%

In: http://jn.sapo.pt/paginainicial/Nacional/interior.aspx?content_id=1125849



"Alargámos enormemente aquilo que são as oportunidades de ensino e aprendizagem, através das várias reformas que implementámos. Foi necessário recrutar professores e é isso que permite verificar que hoje temos menos de metade do desemprego docente que tínhamos em 2005", congratulou-se o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, lembrando ainda o aumento do número de alunos.



É bem possível que o número de professores desempregados (inscritos no centro de emprego) tenha caído quase 60%, resta agora saber quais as verdadeiras causam desse decréscimo.

Quantos professores é que se encontram a trabalhar nas actividades de enriquecimento curricular (AECs) a ganhar menos de 500 euros, trabalhando apenas 10 meses por ano, em muitos casos sem subsídio de férias e de Natal?

Dos professores que ganham mais de 500 euros a trabalhar nas AECs, quantos são aqueles que foram seleccionados de acordo com um processo de recrutamento justo e sem recurso às ditas "cunhas"?

Quantos professores é que desistiram do ensino, e deixaram de estar inscritos no centro de emprego, para trabalhar em áreas que nada tem a ver com as suas qualificações profissionais?




"Este ano temos a oportunidade de dar um grande impulso a essa renovação com um concurso de professores válido para quatro anos, que vai permitir recrutar novos professores. Muitos dos contratados passarão aos lugares do quadro", afirmou ainda o Secretário de Estado.



O ME anunciou com pompa e circunstância a abertura de 30 000 vagas para os quadros de escola. Sabendo nós que existem mais de 28 000 professores colocados em quadro de zona, que certamente irão ocupar essas vagas, gostaríamos de saber como é que o Secretário de Estado pode afirmar que "muitos dos contratados passarão aos lugares do quadro", se as vagas existentes irão ser ocupadas pelos professores que já pertencem aos quadros das escolas.

Sabe-se a médio prazo o ME irá conseguir acabar certamente com o número de professores desempregados, bastará para tal continuar aplicar esta política de precariedade, em conjunto com a aplicação da prova de ingresso da carreira docente. Ou seja, o ME irá conseguir sem sombra de dúvidas o pleno emprego entre os professores. Seja pelo facto de os professores estarem a trabalhar com contratos dignos de uma escravatura, seja pelo facto de muitos desistirem da profissão para a qual têm habilitação profissional ou seja ainda por não serem considerados professores caso não tenham realizado com sucesso da prova de ingresso.