sábado, 10 de setembro de 2011

Lixo educativo

João Dias da Silva, da FNE, explicou que, "mantendo-se a discordância em relação às quotas, foram conseguidos pressupostos essenciais" para os docentes, entre os quais a não contabilização da avaliação para efeitos de concurso no caso dos professores de quadro.
Ver http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/acordo-na-educacao

É inaceitável concordar com esta discriminação. Já tivemos uma ministra a dizer que os contratados são apenas “candidatos a professor”, agora esta situação, qualquer dia temos um artigo no ECD a dizer que somos oficialmente lixo do sistema educativo

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

PROTESTO DOS PROFESSORES DESEMPREGADOS

Os professores desempregados vão protestar no dia 10 de Setembro. O apelo surgiu no facebook http://www.facebook.com/#!/event.php?eid=174147465984580
SÁBADO, 10 DE SETEMBRO, ÀS 15H NO ROSSIO!
Não ao maior despedimento da história do ensino

domingo, 24 de julho de 2011

Oportunidade de negócio em tempo de crise

Os partidos do governo, que na anterior legislatura apresentaram projectos para anular este modelo de avaliação de desempenho docente, não querem agora suspender o processo.
Por: http://www.ionline.pt

No meio desta crise sem fim à vista eis que surge uma oportunidade única de negócio. Com um investimento reduzido, sem grande esforço e com margens de lucro elevadas. O assunto é sério e não é para dobrar circulares. Ganhe dinheiro com a venda de antipsicóticos no tratamento da esquizofrenia habitual dos partidos políticos que passam da oposição para o governo.


“O processo de avaliação este ano está terminado. Já está em fase de recurso. Quando o CDS votou a favor da suspensão ainda estava a meio” Por: Michael Seufert, deputado do CDS

Ou seja, consideramos enquanto oposição que o processo em causa era um excremento, mas agora que estamos no governo é melhor continuar… pode ser que consigamos desenvolver a tão falada agricultura com o fertilizante natural que estamos a criar.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Programa do Governo/Educação/Professores

Motivar e desenvolver os recursos humanos da educação
- A simplificação do Estatuto da Carreira Docente a par do estabelecimento de medidas que reforcem as competências dos directores de escola;
- Uma selecção inicial de professores que permita integrar no sistema os mais bem preparados e vocacionados designadamente através da realização de uma prova de avaliação de conhecimentos de acesso à profissão.
Estabilidade e dignificação da profissão docente
- Reformando o modelo de avaliação do desempenho dos docentes de forma a desburocratizar o processo, promovendo um regime exigente, rigoroso, autónomo e de responsabilidade…
Gestão descentralizada da rede de estabelecimentos de ensino
Neste domínio, importa assegurar uma maior articulação e cooperação entre a oferta de ensino pública e privada, visando potenciar a sua complementaridade. …
- Lançamento de concursos públicos para contratualização de oferta privada em situações de carência ou ruptura da rede.
In: http://www.portugal.gov.pt/pt/GC19/Documentos/Programa_GC19.pdf

Comentário: Se o objectivo é preparar bem os professores, porquê que não se opta por apostar nos locais onde eles realmente são preparados e formados?
Não se encontra nada de significativo no programa de governo acerca da estabilização do corpo docente nas escolas. Será isso assim tão irrelevante para a estabilidade e dignificação da profissão?
Nas situações de carência porquê que o governo não procura suprimi-las com a melhoria da oferta pública, como é sua obrigação tal como está estipulado na Constituição?


sábado, 18 de junho de 2011

Excerto de uma entrevista com o próximo Ministro da Educação

Nuno Crato, em 2006, próximo ministro da Educação In: www.educare.pt

Na sua opinião, quais são atualmente as questões mais preocupantes na Educação em Portugal?
“…Em terceiro lugar, a formação, seleção e promoção de professores, que não é feita de forma a privilegiar o conhecimento das matérias, a capacidade pedagógica e o mérito.
Em quarto lugar, o centralismo ministerial que retira às escolas a possibilidade de contratarem os melhores professores, arranjarem soluções adequadas às suas especificidades, etc...”


Na formação dos professores será que teremos novamente a valorização dos estágios pedagógicos com turmas sob a responsabilidade dos professores estagiários, tal como acontecia antes de 2006 e alterada simplesmente por motivos economicistas?
O conhecimento das matérias, a capacidade pedagógica e o mérito serão preocupações num ministério onde está prevista a supressão de professores através de uma simples prova de ingresso, implementada por motivos estatísticos no centro de emprego?
Parece que Nuno Crato defende a contratação de professores directamente pelas escolas de forma a se “arranjarem soluções adequadas às suas especificidades”. Teoricamente esta parece ser uma solução adequada num país equilibrado, mas num país como o nosso onde impera o clientelismo e a conhecida política dos “boys”, onde o cargo de Diretor anda cada vez mais de mão dada com os interesses partidários, esta pode ser a solução adequada para transformar a escola no grande tacho do município local, dos amigos Diretor ou do partido político local maioritário.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Manipulação da opinião pública em 3 passos

Os funcionários do FMI/BCE/U.E. moveram-se em Portugal como fossem donos do País, como conhecessem os problemas mais que os portugueses, seguidos de uma forma “provinciana” por muitos media, e o seu “Memorando” foi transformado de uma forma acrítica pelos media e por quase todos os “comentadores” que têm acesso privilegiado a eles, no meio para salvar o País ou, para utilizar as palavras dos defensores do neoliberalismo em Portugal, em “ultima janela de oportunidade para resolver os problemas nacionais” ou em “ultima oportunidade para os portugueses mudarem de vida”. Desta forma, desenvolveu-se uma gigantesca operação de manipulação da opinião publica, caracterizada pela repetição sempre do mesmo embora dito por diferentes personagens, com o objectivo de levar os portugueses a aceitar, com resignação e passividade, as receitas neoliberais do FMI/BCE/U.E., que são sempre as mesmas, e a considerá-las como a “salvação nacional” e a única solução.

Por: Eugénio Rosa (08-05-2011)

domingo, 8 de maio de 2011

Feliz de quem é requintadamente extorquido

O cinto continua a apertar e a arrastar muitos (mas não em todos) para uma anorexia prolongada sem tratamento possível à vista. A necessidade de controlar os efeitos nefastos que uma eventual contestação social possa causar, faz com que se tenha passado uma mensagem catastrofista dos cortes ditos inevitáveis. À cabeça encontramos a extorsão dos subsídios de férias e de Natal. Constituiu-se assim o panorama perfeito para efectuar pequenos mas muitos assaltos que totalizam um valor superior ao “pote” dos mencionados subsídios.
Para quem pretende encher os bolsos à custa de quem trabalha a fórmula é simplesmente perfeita. Retira-se mais do que as profecias iniciais, o povo esmorece a contestação e até se contenta com o que lhe é retirado.
Com o Desporto Escolar passou-se o mesmo. Anuncia-se o fim do Desporto Escolar com o intuito de cortar uma hora na componente lectiva dos grupos/equipa. O pessoal até fica satisfeito porque a profecia anunciada não se concretiza e o ME escraviza um pouco mais os professores em geral e os de Educação Física em particular.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Posição da Faculdade de Desporto acerca do Desporto Escolar

Do que carecemos nesta hora, na educação e na vida, é de mais e melhor prática desportiva, de vontade e brio, de uma moral em acção.
Prescindir do desporto ou afrouxar na sua promoção e no cultivo do seu ideário equivale a empobrecer os cidadãos nas dimensões técnicas e motoras, éticas e estéticas, cívicas e morais, anímicas e volitivas; e a favorecer a proliferação do laxismo e relativismo, do individualismo e da indiferença.

Jorge Olímpio Bento (2011), Director da Faculdade de Desporto (Universidade do Porto), face às notícias relativas ao desinvestimento no Desporto Escolar.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Desporto Escolar e a degradação da política

“O Desporto Escolar é muito importante para a prática desportiva.”
“O Desporto é importante para a felicidade humana.”
“Comecei a fazer desporto aos 4 anos porque tive a sorte de fazer parte de uma família que valorizava o Desporto.”
“Considero que é essencial na educação de todos os seres humanos terem possibilidade de terem uma actividade física.”


Isabel Alçada, 2010 in:
http://www.youtube.com/watch?v=qr4WVMyrDXg&feature=player_embedded#

Por mais estranho que possa parecer foi mesmo a actual ministra da educação que proferiu as afirmações anteriores, tendo em conta que condenou recentemente o Desporto Escolar à extinção. E não venham dizer que o mesmo irá continuar dado que será inserido na componente não lectiva, pois quem conhece minimamente a realidade do Desporto Escolar sabe bem que essa alteração significa o fim do mesmo.

Este é claramente mais um caso flagrante da degradação total da nossa política e fundamentalmente nos nossos políticos, pois assistimos sistematicamente a discursos pomposos a dignificar algo que é reconhecidamente bom mas que na realidade nunca são correspondidos pelos actos e pelas acções. O que interessa é ficar bem na fotografia, sejam em acordos de princípios, em promessas eleitorais (ultimamente as promessas foram substituídas por compromissos… talvez para passar uma ideia mais intensa de preocupação) ou ainda em discursos para crianças e jovens sobre os valores do Desporto Escolar.

Existe também cumulativamente os que se consideram felizardos por terem uma família que os apoiou em tempos passados e que a eles devem muito do que hoje são. O problema reside contudo nos políticos que assumem a importância desse apoio mas recusam valorizar aqueles que necessitam dele e não o tem, quando têm mais do que a obrigação de o fazer.